Ao longo da história da humanidade, os cachorros têm sido companheiros leais e parceiros essenciais para diversas culturas ao redor do mundo. Algumas raças de cachorros têm raízes tão antigas que remontam a milhares de anos, desempenhando papéis fundamentais nas sociedades antigas e contribuindo para o desenvolvimento da humanidade.
Essas raças não apenas testemunharam a evolução das civilizações, mas também desempenharam funções vitais, como caça, pastoreio, guarda e companhia. A antiguidade de uma raça de cachorro muitas vezes reflete sua adaptabilidade, resistência e utilidade ao longo dos séculos.
Explorar as raças de cachorros mais antigas do mundo não apenas oferece uma visão fascinante da história canina, mas também destaca a importância contínua desses animais como parte integrante das sociedades humanas.
Esses cães ancestrais carregam consigo um legado de lealdade, habilidade e devoção que transcende gerações, tornando-os tesouros vivos da história canina e companheiros estimados para aqueles que têm o privilégio de compartilhar suas vidas com eles.
Se você tem curiosidade para saber quais são as raças de cachorro mais antigas do mundo e entender um pouco mais sobre eles, confira essa lista que separamos.
Cachorros mais antigos do mundo
Pequinês
O pequinês se destacou durante a Dinastia Tang, de 700 d.C a 1000 d.C, porém, alguns estudiosos defendem a teoria de que a raça pode ter vivido nos séculos II e III a.C. O pequinês foi venerado por monges budistas por conta de sua semelhança com o Leão de Foo, sagrado no budismo. Além disso, acompanhou a realeza e nobreza chinesa por anos.
Hoje é considerado cão de companhia, porém não gosta de estar sempre no colo. Ele é independente e autoconfiante, ganhando até fama de ser desobediente, mas o pequinês é na verdade muito inteligente e é uma raça fácil de adestrar.
Lhasa Apso
Os primeiros registros do lhasa apso foram em 800 a.C. na região do Tibet, e foram populares entre os asiáticos durante muitos anos, estando ligados à região e acompanhando monges e nobres. Até que na década de 1930 chegaram ao ocidente e se popularizaram como cães de companhia.
Sua origem faz com que o lhasa apso tenha o instinto guardião. Ele gosta de se manter muito ativo e está sempre alerta, mas também é muito carinhoso e adora passar um tempo tranquilo com seu dono.
Samoieda
Apesar de não ser possível afirmar a data de origem do samoieda, acredita-se que os primeiros exemplares tenham surgido mil anos antes do cristianismo. O cão da raça protegia o território e auxiliava na caça das tribos samoiedas, de onde vem o nome. Viviam na Sibéria e se espalharam pelo mundo nos anos 1800.
O samoieda é leal, amigável e está sempre alerta, ele se dá bem com pessoas de todas as idades. Pode ser um pouco teimoso na hora de aprender, mas é muito inteligente e só precisa de um pouco de paciência de seu tutor.
Husky Siberiano
Originado na Sibéria, o husky vivia com a tribo Chukchi e era utilizados para puxar trenós e proteger territórios. Devido às condições em que vivia –enfrentando frio, trabalho pesado e animais selvagens –, o husky se adaptou e se tornou muito resistente. Ele é bastante popular até hoje.
Sua aparência chama a atenção dos amantes de pets, mas a personalidade do husky também faz com que ele seja um dos favoritos. Ele é muito fiel, carinhoso e brincalhão.
Malamute do Alasca
O malamute do alasca foi criado pela tribo Mahlemut há mais de três mil anos nas regiões geladas da América do Norte. Devido a sua força, seu objetivo era puxar trenós, assim como caçar. No século XIX os exemplares da raça diminuíram, mas, felizmente, o malamute conseguiu se espalhar pelo mundo.
Com sua personalidade amigável, o malamute não é mais utilizado apenas para trabalhos que exigem força. Ele se tornou um excelente companheiro e membro da família.
Akita
A data de origem do akita ainda é desconhecida, mas acredita-se que seu ancestral, matagi, tenha vivido há mais de três mil anos na China. Contudo, só se popularizou no século XVII, quando passou a ser utilizado como cão de luta. O akita que era robusto e compacto, se modificou após cruzamentos com diversas raças até chegar a forma como o conhecemos hoje.
Independentes e um pouco reservados, mas muito fiéis ao seus tutores, o akita é muito popular principalmente em seu país de origem, a China, onde se tornou um tesouro nacional.
Shar Pei
O shar pei é, possivelmente, descendente do chow chow. Ambos vindos da China, o shar pei foi retratado pela primeira vez em estátuas em 206 a.C., ou seja, mesma época em que acredita-se que o chow chow foi originado. A raça quase foi extinta durante o governo de Mao Tsé-Tungn, e o primeiro exemplar chegou ao ocidente apenas em 1966.
Apesar de ter se espalhado pelo mundo, ainda hoje é uma raça rara. Foi criado para ser caçador e guardião, e ainda carrega esse instinto na hora de defender sua família, pois apesar de um pouco teimoso, é muito amoroso.
Chow Chow
De origem chinesa, o chow chow trabalhou no campo no século VII e até foi utilizado como cachorro de briga, porém, é possível que a raça seja ainda mais antiga. Existem registros da época da Dinastia Han de um cão muito parecido com o chow chow, ou seja, é possível que a raça tenha surgido entre 206 a.C e 220 d.C.
Conhecido por sua língua azul, o chow chow também carrega a fama de ser agressivo. Contudo, com a socialização e adestramento adequado, o peludo pode ser um excelente companheiro.
Saluki
O saluki entrou para o Guinness Book como um dos cães mais antigos do mundo. Acredita-se que ele tenha vivido com os antigos egípcios por volta de 329 a.C., e eram utilizados por tribos nômades para a caça.
Em 1996, o saluki também foi mencionado no livro dos recordes como o cachorro mais rápido do mundo. Além de sua velocidade, a raça também é conhecida por sua força, e ainda hoje carrega o instinto de caçador.
Basenji
O basenji viveu por muito tempo no continente africano, servindo de cão de caça. Apenas em 1930 ele foi exportado para a europa, se espalhando pelo mundo. Contudo, nas pirâmides e tumbas egípcias, de mais de cinco mil anos atrás, existem registros de animais que se assemelham aos cães da raça basenji. Isso o torna o cão mais antigo de que se tem conhecimento.
A raça é conhecida por apresentar características felinas, pois gosta de se lamber para manter a higiene e é muito silencioso. Na realidade, o basenji não é capaz de latir, ele emite sons muito musicais, parecidos com uivos.