A obesidade em cães é um problema crescente na população pet. De acordo com pesquisas recentes, no Brasil, 25% a 40% dos animais estão com sobrepeso ou obesos. Comumente os cães adultos são os que mais sofrem com a patologia. Diante disso, é importante reforçar que a obesidade é um fator de risco que pode estimular o surgimento de doenças cardíacas, diabetes, problemas respiratório, articulares, entre outros.
Geralmente, as principais causas são a alimentação inadequada e a falta de atividades físicas. Pois, assim como acontece com os humanos, o ganho de peso dos pets ocorre a partir do desequilíbrio entre o consumo e o gasto de energia. Ou seja, o cão que come em excesso e não se exercita, tem mais chances de acumular gordura no organismo, o que é muito perigoso.
Além disso, algumas raças precisam de atenção redobrada com a alimentação, pois apresentam uma predisposição que facilita o ganho de peso, como por exemplo, o labrador, rottweiler, basset hound, beagle, pug, shih tzu e boxer. Se você é tutor de uma dessas raças, seu cuidado precisa ser dobrado, pois além da obesidade, seu cachorro também está disposto a adquirir todos os outros problemas que vem junto com a doença.
No entanto, independente da raça do animal, estabelecer uma rotina de exercícios físicos, oferecer uma alimentação balanceada e fazer visitas periódicas ao veterinário, são medidas fundamentais para evitar a obesidade nos cães e as consequências que ela pode causar.
Neste texto, nós vamos mostrar para você todos os males e consequências que vêm junto com a obesidade. É muito importante que o tutor tenha conhecimento para cuidar e garantir que o bichinho viva da melhor maneira possível. Acompanhe!
As principais consequências da obesidade canina
Os primeiros sinais de alerta para o excesso de peso podem ser notados pelo tutor. Comumente, os animais perdem a definição da cintura e ao tocá-los é difícil sentir suas costelas. Além disso, os cães costumam apresentar fadiga e menos disposição para realização de passeios e brincadeiras.
Muitos tutores interpretam a obesidade como algo fofo, mas não é. A doença traz diversas consequências que podem afetar a qualidade de vida do bichinho, podendo até mesmo ir a óbito. Logo, a obesidade não pode ser romantizado ou banalizada. Veja alguns sinais:
Dificuldade respiratória
Os cães obesos podem apresentar alterações respiratórias, entre os sinais clássicos estão respiração curta e rápida, falta de ar e ruídos respiratórios. No caso dos cães braquicefálicos, que são aqueles com o focinho achatado, os impactos da dificuldade respiratória são ainda maiores.
Doenças cardiovasculares
As células de gordura estimulam a produção de substâncias inflamatórias no organismo do pet que se alojam nos vasos sanguíneos, dificultando a passagem de sangue e favorecendo o surgimento de problemas cardíacos. A doença pode se manifestar de forma silenciosa, por isso é preciso atenção redobrada caso o animal apresente sinais como: intolerância a exercícios, falta de energia, diminuição do apetite e emagrecimento. Nesses casos é imprescindível levar o animal para uma consulta com o médico veterinário.
Doenças endocrinológicas
Em muitos casos o ganho de peso pode estimular o surgimento de patologias como a diabetes, ocorrendo a deficiência parcial ou absoluta de insulina (produzida pelo pâncreas), levando ao aumento da concentração de açúcar no sangue, ou a hiperlipidemia, que é caracterizada pelo o aumento do nível de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue do pet. Ambas são patologias que afetam a qualidade de vida do cão e que precisam de tratamento prolongado.
Problemas articulares
Além de desconforto e dor, o aumento da tensão nas articulações causado pelo excesso de peso pode estimular o aparecimento doenças como a osteoartrite canina, que é uma doença degenerativa que atinge as articulações, sendo a causa mais comum de dor crônica nos cães.
Estresse térmico
Os animais obesos têm mais dificuldade em regular sua temperatura corporal e dificuldade na respiração. Com isso, sentem maior desconforto nos dias quentes. E esse quadro pode ser ainda mais perigoso para os cães braquicefálicos, pois eles naturalmente já sentem dificuldade para regular a temperatura corporal, logo, podem desmaiar e ter até mesmo convulsões.
Queda de imunidade
A gordura estimula a inflamação crônica do corpo e a liberação de radicais livres no organismo, favorecendo a diminuição da imunidade e, consequentemente, deixando o animal mais susceptível ao desenvolvimento de doenças, pois o organismo do cachorro terá dificuldade de se proteger. Com isso, além de estar sujeito a encarar todas as consequências da obesidade, o cão estará mais disposto a contrair outras doenças, como a gripe canina, por exemplo.
Morte
Se o cachorro apresentar a obesidade, desenvolver outras doenças e já estiver com uma idade avançada, a probabilidade dele ir a óbito, infelizmente, é muito grande. Logo, muitos profissionais alertam sobre a obesidade no intuito de fazer com que os tutores consigam perceber a gravidade do problema. Por isso, forneça ao pet uma alimentação adequada, evite dar a ele alimentos perigosos e mantenha uma rotina diária de passeios e atividades físicas. Coloque a saúde do seu cãozinho sempre em primeiro lugar e boa sorte!