Oferecer ossos aos cães é uma prática comum da domesticação de pets e uma maneira de agradar e criar vínculo entre os cachorros e seus tutores. Eles adoram esses petiscos e suas variedades, que podem ser encontradas em diferentes tipos, formatos e sabores personalizados para cada cãozinho.
Faz parte do imaginário popular um cachorro estar em posse de seu ossinho, que ele passa o dia roendo. Apesar dessa fama, nem sempre é recomendável dar ossos para nossos cães roerem ou mesmo comerem.
Para entender qual a maneira correta de oferecer ossos aos cães, confira abaixo tudo que você precisa saber, incluindo os benefícios e malefícios do consumo de ossos.
Benefícios
Há um consenso na comunidade veterinária de que ofereces ossos aos cães, desde que realizada com segurança, proporciona benefícios físicos e mentais para os cachorros. Dentre elas:
- O ‘rói-rói’ contribui para a prevenção do tártaro canino e auxilia na remoção de sujeiras persistentes entre os dentes;
- Fortalece o maxilar, a musculatura craniana e do pescoço;
- Alivia o estresse e a irritabilidade do dia a dia;
- Estimula os instintos dos cães;
- Mantém o pet ocupado e tranquilo boa parte do dia;
- Aumenta o aporte de cálcio, fósforo e outros minerais importantes para o bem-estar.
É claro que o ossinho oferecido precisa ser bem escolhido pelo dono. Nesse sentido, ossos de galinha, por exemplo, não são recomendados, uma vez que são muito perigosos para os pets.
Oferecer restos de comida com ossos também precisa ser evitado. O cozimento ou fritura compromete a estrutura do alimento e pode causar acidentes. O contrário também requer atenção: ossos e carnes cruas podem contaminar os pets com doenças ou patógenos, enfraquecendo seu sistema imunológico e comprometendo a integridade dentária.
Ter o acompanhamento de um profissional veterinário é sempre uma boa ideia, até mesmo na hora de escolher os petiscos. Atualmente, há opções que levam em conta até o equilíbrio nutricional de cada cachorrinho.
Ossos naturais ou sintéticos?
A diferença entre ossos naturais e sintéticos é simples: os não-processados não passam por qualquer tratamento industrial, enquanto os ossos processados, em geral bovinos, são submetidos a processos de conservação e higienização. Há também os ossos sintéticos, compostos basicamente por couro bovino tratado e modelado.
No dia a dia, a opção por naturais processados tendem a ser mais prática para os donos de cachorros, por possuírem boa durabilidade e fácil conservação. Um bom exemplo disso é o osso defumado. Diferentemente dos ossos não-processados, eles não necessitam de refrigeração nem cozimento, sendo comercializados prontos para consumo.
Outra opção bastante popular são os ossos sintéticos, oferecido em dezenas de tamanhos, sabores e formatos, como o osso ‘em nó’. Eles não possuem carne ou cartilagem em sua composição, o que previne que carreguem consigo odores fortes e desagradáveis. Além disso, duram mais que os ossos naturais.
Em geral, ossinhos comercializados por empresas certificadas e confiáveis, sejam eles sintéticos ou naturais, tendem a beneficiar seu cachorrinho. Com tantas opções, nada melhor do permitir que ele experimente e demonstre sua preferência com a devida segurança.
Riscos dos ossos de galinha para cães
Como explicamos acima, oferecer restos de carne com ossos para os cães não é recomendado, especialmente de frango.
De fato, ossos pós-cozidos ou assados pode ser muito perigoso! O aquecimento deles altera a estrutura óssea, provocando o surgimento de lascas pontiagudas que podem ferir o sistema digestório do cão.
Em suma, ossos das asas, dos pés, das coxas e das sobrecoxas são os mais lesivos e, infelizmente, os mais oferecidos aos cães. Evite!
A partir de qual idade posso oferecer os ossos aos cães?
O indicado é oferecer quando o cachorro atingir os quatro meses de idade, em média, fase da vida em que já possuem dentição completa. Se você preferir oferecer uma opção natural ao filhote, opte por ossos defumados, que são higienizados e tratados. Se preferir os sintéticos, que não possuem odor forte, recomenda-se o osso em formato ‘de nó’. Eles são mais macios e não prejudicam os dentes de leite.
Entre os cães idosos, com oito anos ou mais, recomenda-se os ossos sintéticos em formato de palito ou outros petiscos especiais mais macios, como churrasquinhos. Compreensivelmente, eles têm uma dentição enfraquecida e musculatura fadigada, e merecem uma dieta mais suave e balanceada.
O ossinho ideal para cães
Seu cão merece um petisco saboroso, com alta durabilidade e zero risco de machucá-lo. Assim, em resumo, separamos estas dicas:
- É tentador, mas jamais ofereça restos de ossos do almoço ou jantar para seu cãozinho;
- A melhor opção de ossos naturais, tanto para cães de pequeno ou grande porte, são os processados e defumados;
- Ossos sintéticos à base de couro são a opção mais segura para cães com problemas digestórios;
- A procedência do produto e da indústria responsável por ele é tão importante quanto sua origem, seja ela natural ou artificial;
- Ossinhos de plástico mastigável são seguros e resistentes, mas pouco recomendados pela comunidade veterinária;
- Lembre-se que a ingestão de ossinhos contribui para calorias adicionais, que alteram a dieta do cachorro e pode contribuir para a obesidade;
- Não importa qual osso tenha sido escolhido, ele deve ser maior que a boca do cachorro, para que não haja qualquer risco de ser engolido de uma vez só.
Precauções adicionais
Sabemos que é impossível supervisionar seu cão durante 100% do tempo, mas certifique-se de acompanhá-lo durante o uso do ossinho. De tanto roê-lo, pequenos pedaços acabam se desprendendo do todo e ele pode ingeri-lo.
Se você perceber que o material está soltando “lascas”, recolha o petisco e dê ao seu cachorrinho um novo. Verifique a boca do animal de tempos em tempos em busca de pedaços soltos de osso ou possíveis ferimentos. Lembre-se: situações mais complexas exigem cuidado veterinário imediato.
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