Doença cardíaca em cães: como prevenir e cuidar

Os cães também podem sofrer com as doenças cardíacas. Saiba como identificar, prevenir e as raças mais propensas ao quadro.

Personalidade Golden Retriever

As doenças cardíacas infelizmente estão cada vez mais comuns entre os cães, logo, a Federação Mundial do Coração realiza anualmente diversas campanhas para incentivar o cuidado e prevenção de doenças cardíacas nos animais. É importante planejar pelo menos duas consultas anuais com o veterinário para realizar check-ups cardíacos. 

A chance de cura e o sucesso de tratamentos são sempre maiores quando as doenças são diagnosticadas no início. Sendo assim, o tutor também precisa sempre verificar a saúde e o estado do coração do seu melhor amigo peludo. Cães podem sofrer ataques cardíacos e outros tipos de doenças bem parecidas com as nossas.

Além disso, algumas raças de cães têm características genéticas mais propensas ao desenvolvimento de doenças cardíacas, porém, o avanço da idade é um fator que generaliza o risco.

A doença cardíaca mais comum e que ocorre com mais frequência é a endocardiose valvar mitral, que é uma doença causada por degeneração da válvula mitral e que surge justamente quando os bichinhos vão ganhando mais idade.

Por isso, neste artigo nós vamos te ajudar a entender um pouco melhor como funcionam as doenças cardíacas em cães. Além disso, daremos dicas para você prevenir e cuidar bem do coração do seu cãozinho. Boa leitura!

Doenças cardíacas em cães: raças mais propensas ao quadro

Antes de falarmos como cuidar do coração do pet, é importante estar atento à raça do seu cachorro. Alguns cães apresentam mais propensão a terem problemas cardíacos. Logo, ao adquirir a raça, o tutor deve colocar na agenda as consultas e exames de rotina, pois são processos ideias para manter o cachorro bem e saudável. 

Raças de pequeno porte como Poodle, Maltês, Cavalier King Charlie Spaniel e Dachshund sofrem mais de degeneração da válvula mitral. Isso ocorre pois é um problema que acompanha a genética desses animais. No entanto, a endocardiose pode afetar todas as raças quando os animais ficam idosos. Fique atento!

Mas não são apenas os cães de pequeno porte que têm problemas cardíacos. Cachorros de raças de grande porte como Golden Retriever, Labrador Retriever, Pastor Alemão, Boxer, Doberman e o  Terra-Nova costumam desenvolver arritmia e cardiomiopatia dilatada. O músculo cardíaco sofre alteração e o ventrículo tem prejuízo na função sistólica devido à dilatação. A cardiomiopatia dilatada também é uma alteração que pode afetar gatos.

A doença é grave e, em muitos casos, há morte súbita do animal. Por isso a importância de consultas periódicas com médicos veterinários, que, conhecendo o comportamento e características do pet, podem perceber alterações e indicar exames para diagnósticos precoces.

Mas lembre-se, independente da raça do seu cãozinho, fique atento a medida em que o pet vai envelhecendo. Geralmente o animal apresenta alguns sintomas, como a falta de ar, cansaço e respiração ofegante.

Sintomas de doenças cardíacas em cães

Desconfie se o pet começar a dar sinais de cansaço excessivo e falta de ar, esses são sinais claros e iniciais de problemas cardíacos. Como as doenças cardíacas provocam o enfraquecimento do músculo do coração, o animal pode sofrer arritmias e desmaios. Em alguns casos, a cor da língua dos bichinhos assumirá tons azulados ou arroxeados. 

Por se tratar de doenças crônicas, os tratamentos variam de acordo com os estágios. É importante ressaltar que infelizmente não há cura para a maioria dos casos de cardiopatia, mas existem tratamentos que se seguidos corretamente, melhoram muito a sobrevida e aumentam a longevidade do animal. Quanto mais rápido feito o diagnóstico, mais sucesso nos tratamentos.

Outra doença que acomete o sistema cardiovascular de animais, bastante frequente hoje em dia, é a dirofilariose. Essa nada tem a ver com idade ou raças. A dirofilariose é causada por uma larva microscópica transmitida por mosquitos. A larva viaja na corrente sanguínea e costuma escolher o coração do animal para habitar e crescer. A doença não é tão comum, mas ocorre com uma certa frequência.

A maioria dos casos de dirofilariose é registrada em cidades litorâneas, mas já foram feitos diagnósticos também em centros urbanos. Conseguimos tratar com uma combinação de medicamentos e perseverança. O tratamento quase sempre é demorado.

Então, se você vai passear com seu pet em cidades praianas, converse sobre isso com um veterinário e veja se todas as vacinas e vermífugos estão em dia.

A principal forma de prevenir esse tipo de doença é com medicamentos administrados sob via oral, que podem ser receitados apenas pelo médico veterinário.

Além disso, também existem coleiras no mercado que funcionam como uma espécie de repelentes e afastam os mosquitos transmissores. Cuide do bichinho durante as viagens!

Sinais de doenças cardíacas em cães

Para ajudar você a identificar com mais clareza os sinais de doenças cardíacas nos pets, conversamos com a médica veterinária cardiologista da Petz, Luciane Martins Neves. Além disso, ela passou algumas dicas essenciais para cuidar e prevenir as doenças cardíacas nos cães. Confira os sinais prescritos por ela:

Os sinais das doenças cardíacas em cães, de acordo com Luciane, são bastante específicos. Mas ela ressalta que apenas exames clínicos podem confirmar o quadro. Alguns dos sintomas são: intolerância a exercícios, tosse, cansaço fácil, apatia, prostração, não ficam confortáveis em algumas posições, cianose (coloração arroxeada ou azulada da língua) e desmaios.

Dicas para prevenir e cuidar das doenças cardíacas

1 – Realizar check-ups de seis em seis meses;

2Alimentação equilibrada.

3 – Evitar obesidade, que é um dos fatores de risco;

4 – Manter a saúde oral, com cuidados e escovação frequentes. Bactérias estão relacionadas às cardiopatias;

5 – No caso da dirofilariose, além da prevenção com uso de vermífugos, há uma medicação similar a uma vacina que protege os pets com uma dose anual;

6Enriquecer o ambiente ocupado pelos pets com brinquedos que estimulem a atividade física e evitem o estresse;

7Passear de forma adequada com o cão, com caminhadas moderadas e frequentes;

8 – Conhecer a raça do pet para entender as predisposições genéticas do animal.

Após esses cuidados, o animal estará mais seguro e menos propenso às doenças cardíacas. Cuide do bem-estar e saúde do peludo sempre para evitar também outras doenças. Boa sorte!

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