Criado em 1920 na Argentina, o dogo argetino é um cão forte e cheio de energia. Essa raça foi criada especificamente para participar de rinhas e caçar animais de grande porte, como ursos e bois. Com isso, esse cachorro acaba tendo uma fama negativa em muitos países ao redor do mundo, tanto que em alguns locais é totalmente proibido ter um cão dessa raça, mas esse não é o caso do Brasil.
Além disso, ele é um animal que pode ser facilmente confundido com o pit bull e até mesmo com o buldogue americano. Mas se você reparar bem, o dogo tem algumas características únicas e bem distintas. E esse pet esconde em sua história diversas curiosidades incríveis que você precisa conhecer.
Por isso, neste artigo nós separamos 10 curiosidades incríveis sobre o dogo argentino, e grande parte delas, provavelmente, você não fazia ideia! E mostraremos ainda algumas informações sobre a saúde desse cãozinho e também o preço dele no Brasil. Para ficar por dentro de tudo, acompanhe até o final.
10 curiosidades sobre o Dogo Argetino
1. Ele é uma mistura de várias raças
O dogo argentino foi criado por Antonio Nores Martinez, que queria ter um cachorro que ajudasse na caça de animais de grande porte, como javalis, pumas, bois e até mesmo ursos. Logo, para chegar no cachorro que conhecemos hoje, Martinez teve que misturá-lo com várias raças. Com isso, o dogo argentino é o resultado da miscigenação entre vários cães de caça, como boxer, pointer e mastiff.
Mas as misturas não param por aí. Martinez queria potencializar ainda mais o dogo argentino, pois queria uma raça superior, com faro apurado, mas que também fosse forte e rápida. Para isso, eles usaram como base o cão lutador de córdoba – uma antiga raça de combate com origem em Córdoba, hoje extinta. Dentre as outras raças misturadas, estão inclusos o bull terriers, o lébrel irlandês e o dogue de Bourdeaux.
2. Alguns países proíbem a criação dele
A mistura para resultar no dogo argentino teve o seu preço. Muitos países ao redor do mundo consideram até hoje a raça extremamente violenta e perigosa. Logo, criar esse cachorro em alguns locais é considerado crime. Os países que proíbem a criação da raça são: Austrália, Ilhas Cayman, Dinamarca, República do Fiji, Islândia, Cingapura e Ucrânia. No Reino Unido é ilegal possuir um cão da raça sem autoridade legal.
3. Um excelente cão de guarda
A raça é conhecida por muitos por sua lealdade e coragem, logo, essas qualidades os tornam excelentes cães de guarda. Com isso, alguns dogos argentinos são usados para trabalhar com a polícia, as Forças Armadas e até em grupos de busca e salvamento. Mas se você deseja ter um animal desse como cão de guarda, você deverá adestrá-lo para evitar acidentes. O dogo argentino pode se tornar violento se não for bem treinado.
4. Os dogos têm tendência a surdez
Infelizmente, aproximadamente 10% dos dogos argentinos sofrem de surdez em uma ou ambas as orelhas e isso está relacionado aos pigmentos comuns à raça, algo que inclusive frequentemente afeta cães de pelagem branca, como o bull terrier.
5. A raça foi reconhecida recentemente
O dogo argentino é resultado de 25 anos de cruzas. Com isso, a raça era reconhecida apenas pela Federación Cinológica Argentina (FCA). O clube responsável por reconhecer raças internacionalmente, o American Kennel Club (AKC), reconheceu o Dogo Argentino apenas em 2020. Porém, mesmo com o reconhecimento do AKC, a raça continua proibida em alguns países europeus.
6. Não é bom com outros animais
O dogo argentino não é exatamente o tipo mais diplomático e amigo de outros cães e outros tipos de pet. Logo, é importante ter apenas ele em casa, pois decidir criá-lo com outros animais pode gerar diversos problemas e conflitos. Como, por exemplo, se houver uma fêmea em casa, ele pode querer competir com outros cachorros pelo território, se tornando agressivo.
7. Não é bom com crianças
Como ele tende a se considerar o alfa, pode não aceitar muito bem membros da família que ele julgue “frágeis”, como as crianças. Por isso (e também por ser muito grande) requer supervisão quando na companhia de crianças muito pequenas. E isso também vale para os estranhos, então é ideal que você apresente seus amigos ao seu cachorro ou ele pode não aceitá-los numa boa. Além disso, o treino de sociabilização é indispensável, você deve começar a adestrá-lo ainda filhote.
8. Ele não pode tomar muito sol
A pele do dogo argentino é muito sensível ao sol, pois são claros e ele não tem subpelo, ou seja, a raça não tem protetores naturais contra a incidência solar. Por isso, evite fazer caminhadas nos períodos do dia em que há maior incidência solar (entre 10h e 16h) e lembre-se de aproveitar todas as sombras que encontrar pelo caminho.
9. O dogo argentino precisa de muito exercício
Por ser uma raça cheia de energia, o dogo argentino precisa caminhar ou correr pelo menos 2 quilômetros por dia. Além disso, é importante intercalar as caminhadas com brincadeiras, atividades físicas e os treinos de sociabilização. Ele é um tipo de cachorro que demanda muita atenção e dedicação do tutor.
10. Um Deus grego?
O dogo argentino pode ser considerado um cachorro de categoria mossoloide, denominação comum a cães de físico forte, de porte grande a gigante, que são derivados de um ancestral antigo, o molossus, originário da Grécia antiga.
Como é a saúde do dogo argentino?
O dogo argentino é uma raça forte e saudável e dificilmente vai apresentar problemas de saúde. No entanto, problemas auditivos são muito comuns. Por isso, é importante que o tutor leve o seu cachorro para consultas rotineiras com o médico veterinário. Ele vive em média 8 a 15 anos. O tutor também deve ter atenção com a pele e pelagem desse cãozinho. Por ser muito branco, pode ter tendência a dermatites e outros tipos de problema de pele.
Quanto custa um dogo argentino?
Um dogo argentino pode custar no Brasil cerca de R$ 800,00 até R$ 3.000,00. Existem alguns canis no país que são especializados na raça. Mas antes de comprar um cachorro, lembre-se que existem diversos animais para serem adotados em diversos abrigos. A adoção de um cãozinho é tudo de bom. Pense nisso e boa sorte!