Não é incomum que cães apresentem doenças semelhantes às dos humanos, pelo contrário, é natural enxergar sintomas muito parecidos nos pets. E com o Alzheimer não é diferente, os cachorros também podem sofrer dessa doença e, para garantir que levem uma vida saudável e feliz independente disso, os tutores devem se atentar aos sintomas.
Por isso, entenda o que é o Alzheimer canino, como a doença se manifesta e o que fazer para melhorar a qualidade de vida do animal. Acompanhe!
O que é Alzheimer?
O Alzheimer é um doença neurológica degenerativa, em que há morte das células cerebrais, sendo caracterizada por destruir a memória e outras funções essenciais. Em humanos, a doença afeta majoritariamente a população acima dos 65 anos e, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer, já acarreta mais de 30 milhões de pessoas no mundo.
E assim como os humanos, os cães também envelhecem e se tornam mais propensos a certas doenças. A Síndrome de Disfunção Cognitiva Canina, como é chamada, afeta as habilidades cognitivas e provoca perda de memória. Nos peludos, a velhice chega por volta dos sete anos, idade em que os sinais podem começar a surgir.
Causas e sintomas do Alzheimer canino
Não é possível afirmar precisamente o que provoca a Síndrome de Disfunção Cognitiva Canina, contudo, estudiosos acreditam que seja devido à alterações no tecido nervoso, provocadas pelo envelhecimento dos cães. Sendo assim, é mais comum em cães idosos, independente da raça ou sexo.
À partir dos sete anos de idade, os cães se tornam “senhores” e “senhoras”, podendo variar de acordo com a raça e personalidade do pet. Mas de modo geral, é nessa fase que os primeiros sinais de velhice começam a aparecer, como perda da visão e audição, problemas motores e falta de disposição, o que os faz brincar menos e dormir mais. Também é possível que ocorra a falha de memória, fazendo com que o peludo esqueça comandos ou desaprenda regras.
A falha da memória canina não é necessariamente Alzheimer, porém, estudiosos acreditam que mais da metade dos cães acima dos 15 anos sofrem da SDCC. Não há provas concretas até então, mas também existe a teoria de que fêmeas, cães castrados e cães de pequeno porte tenham mais tendência a serem afetados.
Sintomas
É completamente natural que cães idosos esqueçam regras e comandos vez ou outra ou não reconheçam um membro da família. Isso não significa que ele tenha Alzheimer, e o diagnóstico só pode ser realizado pelo veterinário com testes em laboratório. Contudo, o tutor pode observar alguns sintomas e mudanças de comportamento do pet que podem ser sinais da doença. Confira:
- Não reconhece mais o próprio nome quando é chamado ou não atende.
- Desorientação, dentro de casa ou na rua, podendo também andar em círculos ou sem rumo.
- Olha para o nada, de modo vago e distante, como se desorientado.
- Não reconhece membros da família ou ambientes, podendo tropeçar e trombar.
- Desinteresse em jogos, brincadeiras ou passeios.
- Não se interessa mais pela companhia frequente do tutor.
- Dificuldade para se locomover, podendo não conseguir descer ou subir de um lugar ou ficar preso.
- Aumento das horas de sono e dormir em horários atípicos.
- Desaprende regras, podendo fazer as necessidades fora do lugar correto ou não consegue segurar as vontades por muito tempo.
- Latir ou uivar em momentos atípicos, como à noite.
- Demonstrar agressividade.
- Se esconder embaixo de objetos e se recusar a sair.
Existe cura para o Alzheimer canino?
Não há cura para a Síndrome de Disfunção Cognitiva Canina, pois ela é progressiva e degenerativa. Contudo, diante do diagnóstico do veterinário, algumas medicações podem ser receitadas, a fim de ajudar a aumentar as funções cognitivas. A indicação de algumas vitaminas também pode ajudar o peludo, como vitamina C, E e ômega 3.
Porém, o que mais importante é que o tutor tente proporcionar uma vida saudável e feliz para os caninos, e para isso só são necessárias duas ferramentas: paciência e amor. Confira abaixo algumas dicas para melhorar a qualidade de vida do cão com Alzheimer:
- Alimentação adequada.
- Treinamento de novos comandos que proporcionem uma rotina mais tranquila.
- Estímulos mentais e físicos com brincadeiras e passeios em ambientes novos.
- Demonstrar afeto, estando sempre presente e oferecendo carinhos.
- Interação com outros pets.
É importante ressaltar que, se o cão não consegue aprender coisas novas ou não tem disposição, ele não deve ser punido. Assim como humanos, um cão idoso tem suas limitações e precisa de mais tempo de descanso. Lembre-se que antes de ser um animal ativo, deve ser um cachorro saudável e amado. Cuide bem dele!